Lidar com o pós-operatório em crianças na ortopedia é um malabarismo a parte. Adultos seguem as regras de boa vontade, mas crianças? Ah, elas querem é correr, pular e molhar tudo!
Fazer com que esses pequenos entendam que não podem pisar, manter o membro paradinho e outras regrinhas é um desafio. Criança é movimento, é curiosidade, é desafio constante, por isso não costumam entender a importância desses cuidados específicos.
Crianças são naturalmente curiosas e cheias de energia, trazendo a condição pós operatória um cuidado a parte, que será uma responsabilidade a mais para os pais. Pois é, os papais terão de ser mestres na arte de supervisionar 24h nos 7 dias da semana. Dá para imaginar a logística? Nem todo mundo tem um par de olhos extras!
Como forma de minimizar essa problemática, nós cirurgiões ortopédicos pediátricos lançamos mão da imobilização nos pacientes pediátricos que passam por cirurgias, visando garantir que aquele membro operado se mantenha em uma posição planejada e também protegido. Essa imobilização pode ser feita com gesso, materiais plásticos, ou gesso sintético quando disponível que é mais leve e resistente à água.
Como dito anteriormente, a contribuição ativa dos pais é fundamental para garantir o repouso pós-operatório adequado, proibir de pisar quando indicado, manter o membro elevado para evitar edema, entre outras orientações específicas. Desta forma, os pais também fazem parte do processo de cura pois é preciso equilibrar a vigilância constante e a logística familiar adequada para que o resultado esperado para o tratamento seja alcançado.
Desta forma o sucesso de um tratamento cirúrgico em uma criança depende não somente do procedimento realizado pelo médico, mas também de todo o transcurso após, com envolvimento dos pais sendo algo fundamental. Do contrário, a falta de aderência ao tratamento pós-operatório pode impactar negativamente os resultados a longo prazo, aumentando o risco de complicações e exigindo intervenções adicionais.
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